sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ter tempo


Tendo três filhos, sendo a mais nova bebé (que ainda amamento) e um emprego a tempo inteiro, não é raro perguntarem-me como é que tenho tempo para escrever em vários blogues, ler, costurar, fazer tricô, bolos decorados e ainda arranjar as unhas.

Calma, não se vão já embora, não pretendo ensinar ninguém a gerir o seu tempo ou a definir as suas prioridades... ooops! Pois é, é essa a resposta. 

Não tenho obviamente mais tempo que as outras pessoas, e não faço as coisas em modo acelerado para conseguir chegar a tudo. Nem tenho a casa perfeitamente arrumada NUNCA. Não costumo fazer a cama. E há dias em que só me apetece deitar-me até ao dia seguinte ou então fugir para uma ilha deserta. 

Não costumo ver televisão. Passo dias seguidos sem olhar para ela. Para passar o tempo prefiro olhar para os meus filhos. Não faço visitas por obrigação. Não fico à espera que as coisas aconteçam. 

Esqueço-me facilmente de coisas menos importantes (e por vezes as importantes ficam coladas e também vão para o lixo). 

Quase tudo o que faço, faço-o porque gosto ou porque quero. (Mas querer mesmo, como querer levar os miúdos às actividades, por exemplo). Faço listas de tudo o que tenho para fazer todos os dias. Nunca as acabo de riscar. 

Como várias vezes ao dia e tomo sempre o pequeno almoço. Não fumo ou bebo, e por vezes durmo pequenas sestas. O café é um dos meus melhores amigos. E o pior inimigo a preguiça. 

Não perco tempo a falar ou pensar na vida dos outros. Nem para a minha tenho tempo que chegue! 

De certeza que me estou a esquecer de alguma coisa.




1 comentário:

Julio Abelenda disse...

Tener una buena relación con el tiempo es imprescindible para una buena higiene mental. Y no sólo con el tiempo del día a día, sino con ese otro Tiempo que se escribe con mayúsculas y es bastante más inasible y se nos escapa entre los dedos como gotas de agua...

Me alegro de que hayas hallado tu fórmula personal, creo que es imprescindible encontrar el propio camino para avenirse con el tiempo y no sufrir una de tantas patologías temporales como se ven por ahí (a veces parece que cada persona es una patología temporal encarnada...)

También me alegro de que decidas dedicarme algo de tu (escaso) tiempo ;-)

Besos!!